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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ativistas homenageiam vítimas da ditadura com placas de rua em São Bernardo


São Bernardo do Campo – No sábado (19) placas de ruas de São Bernardo com homenagens à ditadura militar e ao fascismo amanheceram com os nomes de vítimas da repressão brasileira. O ato foi organizado pelo Movimento Levante Popular da Juventude, que realiza em todo o Brasil manifestações com o objetivo de identificar e apresentar à população os responsáveis pela tortura durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). As novas placas foram batizadas de Olga Benário e Carlos Marighella.
Três ruas receberam os “novos nomes”: a Humberto de Alencar Castelo Branco (primeiro presidente da ditadura), a avenida 31 de Março (data do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart) e a Rei Vitório Emanuelle, na Vila Mussolini. O rei, na Itália, conhecido como Vitor Emanuelle, conduziu Benito Mussolini ao poder e apoiou o regime fascista italiano durante a Segunda Guerra Mundial. 
O movimento, que se organiza na região do ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), prepara mais ações na Região. “Não só somos contra a ditadura, mas também queremos a punição legal dos torturadores. Apoiamos a Comissão Nacional da Verdade e, quando identificados os torturadores, esperamos que eles paguem, judicialmente, pelo que fizeram”, afirmou ao ABCD MAIOR um dos membros do Movimento Levante Popular de Juventude, que não quis se identificar.

Esculachos

No dia 14 de maio, o Movimento Levante Popular da Juventude realizou, em 12 cidades brasileiras, os “esculachos”: ações de rua que defendem, com irreverência, a identificação e punição dos responsáveis por crimes de lesa humanidade praticados durante a ditadura militar. Foram denunciadas oito pessoas, responsáveis direta ou indiretamente por torturas, assassinatos e desaparecimentos. Prédios públicos que foram sede de centros clandestinos de tortura também foram alvo do Movimento.

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