UM PAÍS QUE NÃO EXISTE MAIS

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cabo Anselmo e a Ditadura

Enviado por RedeAtitude1 Cabo Anselmo, entrevistado no Roda Viva, fala do serviço como informante da polícia durante a ditadura no Brasil e sua possível contribuição na Comissão da Verdade.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Jango em 3 Atos

A morte sem fim do ex-presidente da república, João Belchior Marques Goulart: Mostra do filme 'Jango em 3 Atos' de João Vicente Goulart e TV Senado.

Justiça da Guatemala julga ex-presidente por crimes contra a humanidade


A Justiça da Guatemala julga ao longo desta semana o ex-presidente do país Efrain Rios Montt (1982-1983), 85 anos, pelo massacre de 1,7 mil indígenas. General da reserva, Montt governou o país no período da ditadura militar e é acusado ainda pelo genocídio de 201 agricultores, no Norte do país. Para a juíza Carol Patricia Flores, o Ministério Público apresentou provas suficientes que asseguram a realização do julgamento.
Montt é apontado como responsável  por um dos governos ditatoriais mais duros das Américas. Em 1999, a vencedora do Prêmio Nobel da Paz a guatemalteca Rigoberta Menchú apresentou acusações contra o ex-presidente por tortura, genocídio, detenção ilegal e terrorismo de Estado.
Em setembro de 2005, o Tribunal Constitucional da Espanha decidiu julgar os acusados ​​de crimes contra a humanidade, mesmo que as vítimas não fossem espanhóis. Em junho de 2006, o juiz Santiago Pedraz viajou para a Guatemala para coletar depoimento de Montt​​. Mas 15 apelações, apresentadas pelo ex-presidente, impediram Pedraz de interrogá-lo.
Para o julgamento que ocorre ao longo desta semana, o Ministério Público alegou que Efrain Rios Montt foi responsável por uma operação militar que matou 201 agricultores numa comunidade de Dos Erres, localizada no norte da Guatemala. Os advogados dele tentaram impedir o julgamento sob o argumento de que a Lei da Anistia o protege.
Montt alega inocência em relação às acusações. O julgamento é acompanhado por parentes das vítimas, representantes dos direitos humanos e ativistas políticos. No primeiro julgamento no qual foi denunciado também por genocídio, Efrain Rios Montt  pagou fiança em dinheiro e conseguiu escapar da prisão.
O ataque contra os trabalhadores rurais, em Dos Erres, segundo as investigações, foi motivado por um roubo de 23 armas de fogo do Exército. O crime ocorreu em dezembro de 1982. As informações são da Agência Brasil.

Ativistas homenageiam vítimas da ditadura com placas de rua em São Bernardo


São Bernardo do Campo – No sábado (19) placas de ruas de São Bernardo com homenagens à ditadura militar e ao fascismo amanheceram com os nomes de vítimas da repressão brasileira. O ato foi organizado pelo Movimento Levante Popular da Juventude, que realiza em todo o Brasil manifestações com o objetivo de identificar e apresentar à população os responsáveis pela tortura durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). As novas placas foram batizadas de Olga Benário e Carlos Marighella.
Três ruas receberam os “novos nomes”: a Humberto de Alencar Castelo Branco (primeiro presidente da ditadura), a avenida 31 de Março (data do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart) e a Rei Vitório Emanuelle, na Vila Mussolini. O rei, na Itália, conhecido como Vitor Emanuelle, conduziu Benito Mussolini ao poder e apoiou o regime fascista italiano durante a Segunda Guerra Mundial. 
O movimento, que se organiza na região do ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), prepara mais ações na Região. “Não só somos contra a ditadura, mas também queremos a punição legal dos torturadores. Apoiamos a Comissão Nacional da Verdade e, quando identificados os torturadores, esperamos que eles paguem, judicialmente, pelo que fizeram”, afirmou ao ABCD MAIOR um dos membros do Movimento Levante Popular de Juventude, que não quis se identificar.

Esculachos

No dia 14 de maio, o Movimento Levante Popular da Juventude realizou, em 12 cidades brasileiras, os “esculachos”: ações de rua que defendem, com irreverência, a identificação e punição dos responsáveis por crimes de lesa humanidade praticados durante a ditadura militar. Foram denunciadas oito pessoas, responsáveis direta ou indiretamente por torturas, assassinatos e desaparecimentos. Prédios públicos que foram sede de centros clandestinos de tortura também foram alvo do Movimento.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Nomeada Comissão da Verdade para apurar crimes da ditadura


Nomeada no último dia 10 de maio pela presidenta Dilma, a tão esperada Comissão da Verdade iniciará seus trabalhos no próximo dia 16 e terá por atribuição a apuração e o esclarecimento das violações dos direitos humanos praticados entre os anos de 1946 e 1988, em especial as torturas e assassinatos praticados pelo regime militar de 1964.
Porém, para muitos familiares dos mortos e desaparecidos da ditadura, a comissão ainda é muito frágil, pois além de contar com poucos membros, atuará por apenas dois anos, pouco tempo para cumprir uma tarefa de tamanha envergadura.
Esta é a avaliação da representante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Maria Amélia Teles: “o problema da comissão é o da lei, que abrange um período enorme e com dois anos de funcionamento para apurar todos esses crimes. Não é compatível o período que será apurado com a quantidade de integrantes”.
Fazem parte da comissão Cláudio Lemos Fonteles, ex-procurador-geral da República, Gilson Langaro Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, além do jurista José Paulo Cavalcante Filho, da psicanalista Maria Rita Kehl, do professor Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Pinheiro (membro de missões internacionais da Organização das Nações Unidas – ONU) e da advogada Rosa Maria Cardoso Cunha, que defendeu Dilma durante a ditadura militar.
Para o Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, “é hora do Brasil lidar como os demônios de seu passado, seguindo a linha de muitos outros países da região que já iniciaram o processo de responsabilização daqueles que violaram direitos humanos. Aqueles que foram vítimas de tortura ou perderam seus entes queridos nas mãos de agentes de segurança pública vêm esperando muito tempo para que a verdade sobre esses crimes seja revelada. A revelação da verdade e a realização da justiça servem tanto para garantir os direitos das vítimas e seus familiares, como para garantir que esses crimes não se repitam”.
O início dos trabalhos da Comissão da Verdade é uma importante vitória, fruto de anos de luta dos familiares dos mortos e desaparecidos, dos ex-presos políticos e de todos que lutam para que sejam punidos os torturadores e assassinos da ditadura militar brasileira.
Porém, vale alertar que esta luta está apenas começando e não podemos subestimar a resistência das elites e dos setores militares mais reacionários que de tudo farão para esconder a verdade e pressionar o governo para que o trabalho da comissão não vá até as últimas consequências.
Por fim, para que a Comissão da Verdade possa apurar todos os crimes da ditadura é necessário que nossa luta ganhe cada vez mais força, ocupando as ruas e mobilizando toda a sociedade em defesa da Verdade e da Justiça.
Da Redação

Carlos Fuentes: escrever para ser


Muito mais que um grande escritor, a América perdeu um homem de seu tempo – de seus tempos. Que soube defender suas idéias com tamanha inteireza, com tamanha elegância, com tamanha firmeza, que mesmo os que tantas vezes discordaram dele poucas vezes deixaram de respeitá-lo. Fuentes acreditava no futuro. No futuro da América Latina, no futuro no ser humano. Acreditava que, em algum momento desse nosso eterno recomeçar, nós, da América Latina, deixaríamos de recomeçar e começaríamos de verdade. O artigo é de Eric Nepomuceno.

Vejo algumas fotos em preto e branco. E me detenho em uma, feita em algum dia incerto da Barcelona daqueles anos 70, mostrando um Vargas Llosa alto e sorridente, um Carlos Fuentes um tanto formal, e um Gabriel García Márquez cabeludo e com bigodes que parecem desenhados a carvão. Fuentes ainda fumava: na mão esquerda, posta fraternalmente sobre o ombro de García Márquez, aparece o cigarro. Ali estão eles: Vargas Llosa aparece à esquerda, Fuentes está no centro, García Márquez à direita. Exatamente o avesso do que a vida reservaria aos três, ou do que os três fariam de suas vidas.


Na foto, os três são jovens, e parecem confiantes, e ocupam o inverso do espaço que o tempo e a realidade se encarregariam de colocar em seus devidos lugares: quem à direita, ao centro, à esquerda. 


Volta e meia imagino como será ter sido ser jovem, ou melhor, ser um jovem Fuentes, um jovem Mario Vargas, um jovem García Márquez naqueles anos de turbilhão. Uma vez perguntei isso a Fuentes. Estávamos em São Paulo, caminhávamos ao léu com Silvia Lemus, sua mulher, para cima e para baixo por aquelas paralelas da rua Augusta, e ele me contava coisas. Dizia assim: ‘É que a gente era muito jovem, e acreditávamos nas mesmas coisas, e tínhamos uma confiança enorme no futuro’. Insistia: sua amizade com García Márquez, que vinha de 1961, era a qualquer prova. E acabei sendo testemunha disso, dessa verdade. 


E lembro que algum tempo depois, coisa de ano ou ano e meio, ao entrar num restaurante italiano em Buenos Aires, topei com ele e com Silvia. E ele, como sempre de uma elegância sem fim – e, atenção: estou me referindo à elegância como postura diante da vida –, quis continuar uma conversa que eu nem lembrava qual era. 


Era a conversa sobre nossos respectivos anos jovens. Disse ele, lembrando de Vargas Llosa, de García Márquez, de Cortázar: ‘A vida segue, e às vezes, nos separa. Bom mesmo é quando você consegue discordar de tudo e fazer com que nada separe os afetos, a amizade’. Tentou isso a vida inteira. Às vezes – com Cortázar, com García Márquez –, conseguiu. Aliás, sem maiores esforços.


Quando me refiro a ele como um homem elegante, me refiro a um pensamento que conseguia ser ao mesmo tempo ágil e contido, que não se limitava às barreiras que muitas vezes nos impomos a nós mesmos. Acreditava no que acreditava.


Acreditava no futuro. No futuro da América Latina, no futuro no ser humano. Acreditava que, em algum momento desse nosso eterno recomeçar, nós, da América Latina, deixaríamos de recomeçar e começaríamos de verdade. E escrevia assim: acreditando. Não há dois livros dele que sejam iguais. Porque, em seu ofício, Carlos Fuentes era como na vida: sempre disposto a recomeçar, a reinventar. Sua obra é desigual, porque ao longo da vida somos desiguais. Escrevia cada livro como se fosse o primeiro. E por isso mesmo ele foi tantos, como tantos somos nós em nosso dia-a-dia. 


A única coisa que se manteve sempre em cada palavra, cada frase que desenhou, foi a fé no futuro. Jamais acreditou em limites e fronteiras, quando escrevia. E nem quando vivia.


Qualquer um que tenha a palavra escrita como matéria prima, e a memória como guia dos tempos, saberá descobrir no autor de ‘A região mais transparente’, ou ‘A morte de Artemio Cruz’, ou de ‘Terra Nostra’, de ‘Gringo Viejo’, um eterno contemporâneo, um companheiro de viagem, um parceiro de sonhos e ousadias. E uma testemunha de desesperanças e esperanças, de tudo aquilo que poderíamos ter sido e que não fomos. 


Fuentes dizia que, mais do que pela obra dos grandes historiadores, dos grandes sociólogos, dos grandes antropólogos – e ele foi amigo de vários dos grandes –, a verdadeira história nossa era escrita por escritores. 


Lembro bem da vez em que ele disse que escrever literatura não era um ato natural: era como dizer que a realidade, não é suficiente. Que precisa de outra realidade, a da imaginação. E que isso era perigoso. Assim viveu, assim escreveu. 


Muito mais que um grande escritor, a América perdeu um homem de seu tempo – de seus tempos. Que soube defender suas idéias com tamanha inteireza, com tamanha elegância, com tamanha firmeza, que mesmo os que tantas vezes discordaram dele poucas vezes deixaram de respeitá-lo. 


Eu perdi um amigo distante. Que teve uma vida coalhada de dramas tenebrosos – a ele e a Silvia foi reservada a pior das dores de um ser humano, a de enterrar seus filhos – e conseguiu continuar caminhando. E sorrindo. 


Lembro de Carlos Fuentes como alguém que não se deixou abater. Que não deixou de sorrir e de acreditar.


Certa vez, ele me disse que escrevia para continuar sendo. E, assim, foi.




Fotos: O escritor mexicano Carlos Fuentes, no centro da imagem, junto ao peruano Mario Vargas Llosa e ao colombiano Gabriel García Márzquez (El País) 
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20152&boletim_id=1191&componente_id=19125
deu no site 

sábado, 12 de maio de 2012

A Exposição Arpilleras da Resistência Chilena estará aberta à visitação no Arquivo Nacional do dia 29/05 até 05/06.


       Durante a ditadura militar chilena, que durou de 1973 a 1990, muitas denúncias sobre os problemas políticos e sociais enfrentados no país eram feitas por mulheres por meio de arpilleras. Trata-se de uma técnica têxtil elaborada em pano rústico, geralmente cânhamo ou linho grosso, proveniente de sacos de farinha ou batatas, com linhas, vários objetos e retalhos de tecidos. Alguns desses trabalhos feitos por essas mulheres serão exibidos aqui no Brasil em uma exposição itinerante, chamada Arpilleras da Resistência Política Chilena. A exposição tem patrocínio da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Mario Vargas Llosa afirma que tablets banalizarão a literatura







No debate com o jornalista Sergio Vila-Sanjuán, o Prêmio Novel de Literatura de 2010 afirmou que a literatura feita "diretamente para os tablets" se banalizará, assim como aconteceu com a televisão. "É um temor, tomara que não aconteça", disse.

Apesar da opinião de muitos "defensores do livro eletrônico", Vargas Llosa disse não acreditar que "o suporte seja insensível ao conteúdo". Para defender seu ponto de vista, o escritor peruano mencionou a televisão como argumento questionando "por que a televisão banalizou tanto os conteúdos, quando é um instrumento extraordinário para chegar a grandes públicos, mas foi incapaz de se transformar em um transmissor de grandes ideias, de grande arte ou literatura?"

O escritor disse que não se opõem ao entretenimento e admitiu que existem bons programas na televisão. No entanto, para ele,"ler (Marcel) Proust ou (James) Joyce não é o mesmo que assistir a uma série".

sábado, 5 de maio de 2012

Presos foram esquartejados e jogados na Lagoa da Pampulha Revelação é do ex-delegado Cláudio Guerra; essa é a primeira vez que Minas é citada em ações de desaparecimento de presos



Revelação é do ex-delegado Cláudio Guerra; essa é a primeira vez que Minas é citada em ações de desaparecimento de presos


Projetada por Oscar Niemeyer quando Juscelino Kubitschek era prefeito de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha, hoje um dos principais pontos turísticos da capital mineira, foi usada como local para descarte de cadáveres de presos políticos durante a ditadura militar. A Lagoa da Pampulha é citada pelo ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra, no livro “Memórias de uma guerra suja” com um de vários cemitérios clandestinos utilizados pelos militares durante o regime militar.
Além da Pampulha, Guerra cita a existência outros cemitérios clandestinos. Um na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro; outro em São Paulo, no sítio de Josmar Bueno, ex-policial civil paulista e hoje juiz da Federação Paulista de Boxe; no subsolo da Delegacia de Roubos e Furtos de Belo Horizonte e até no penhasco da Floresta da Tijuca.
Em contato com o iG, Josmar Bueno negou seu sítio fosse utilizado como cemitério clandestino. Ele admitiu que trabalhou com Guerra, durante algumas missões da Polícia Civil em São Paulo, mas nunca para trabalhos de execução e desaparecimento de presos políticos. “Ele (Guerra) enlouqueceu? Estou decepcionado. Fui um bom policial. Não gostava de bandido, como ninguém gosta. Mas nunca me meti em política. Eu sempre me meti em investigação séria. Ele deve ter pirado”, rebateu Bueno.
O ex-delegado conta, com base em informações de colegas do DOPS (Departamento de Ordem Político Social), que após morrerem na carceragem da 16ª Delegacia de Polícia da capital mineira detentos do regime foram jogados na Lagoa da Pampulha. “As pessoas que morriam ali eram esquartejadas, ensacadas e jogadas na própria lagoa (da Pampulha), com pesos. Foi o que ouvi, nunca participei deste fatos”, relata Guerra. Segundo o mineiro Nilmário Miranda, ex-secretário de Direitos Humanos, essa é a primeira vez que se tem notícias de desaparecidos políticos em Belo Horizonte.
Na versão de Guerra, em Petrópolis, além de um cemitério, havia um centro clandestino de tortura e dentro de execução de inimigos do regime. “Ouvi falar de um cabo que trabalhava lá, o doutor Magno. Ele não só matava e serrava os mortos como punha um ácido para acabar com os corpos. Depois os enterrava, sem chances para a perícia conseguir identifica-los”, lembra Guerra.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Protestas y marchas en Latinoamérica, este 1º de Mayo

Publicado em 02/05/2012 por telesurtv Por primera vez en décadas, los panameños salieron a las calles a movilizarse en el Día del Trabajo para denunciar el alto costo de la vida y las afectaciones al sector laboral que significará el tratado de libre comercio con Estados Unidos; al tiempo que 20 detenidos y represión de carabineros a manifestantes fue el saldo de la protesta en Chile. En México sindicatos y gremios pidieron al gobierno estrategias efectivas contra el crimen organizado, combatir el desempleo y elevar salarios. En Perú los trabajadores celebraron el aumento del salario mínimo y en Uruguay el presidente José Mujica estuvo presente en la manifestación del 1º de Mayo. teleSUR http://multimedia.telesurtv.net

Reestatização na Bolívia: Companhia de eletricidade é nacionalizada



O presidente da Bolívia, Evo Morales nacionalizou neste 1º de maio a empresa Transportadora de Eletricidade S.A., gerida pela empresa Rede Elétrica Internacional, filial do Grupo Rede Elétrica, da Espanha. O decreto assinado pelo presdiente diz: “O presente decreto supremo tem por objetivo nacionalizar a favor da Empresa Nacional de Eletrificação (ENDE), representante do Estado Plurinacional, o pacote acionário em mãos da sociedade Rede Elétrica Internacional na Empresa Transportadora de Eletricidade”, O presidente também ordenou às Forças Armadas “para que realizassem as ocupação das instâncias e administração da Transportadora de Eletricidade”.
A TDE foi fundada em 1997 e possui 73% das linhas de transmissão. Cerca de 99,94% de seu capital estava em mãos da Rede Elétrica Internacional. A Bolívia já realizou outras nacionalizações no Dia Internacional do Trabalhador como a nacionalização da produção de petróleo e as empresas de eletricidade e de fundições.
Depois da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos em 2006 e após árduas negociações, 10 petroleiras estrangeiras, entre elas a Repsol-YPF (que controlava 27% das reservas gasíferas bolivianas), alcançaram acordos com o governo Morales sobre as novas condições para operar na Bolívia.
Da Redação